Esse post devia estar aqui faz tempo, mas o lado negro da força só me deixou fazê-lo hoje. E é com grande prazer e satisfação que digo ao mundo que saltei de paraquedas!
Foi no penúltimo sábado do ano passado, justamente pra fechar um ano cheio de coisas. Cheio mesmo.

Chegamos lá em Boituva, no Centro Nacional de Paraquedismo, atrasados e por isso esperamos um tempo para conseguirmos, eu e a Gi, ir na mesma decolagem. A espera só fez aumentar a ansiedade e a cada avião que subia, a vontade da gente de entrar num deles era maior. Depois do treinamento, dos cagaços, da Coca Cola e da Coxinha (pra não saltar de estomago vazio) eramos nós ali do lado da pista. Ao entrarmos no avião, ouvimos a trilha de Top Gun no som ambiente do avião. Hilário. Depois da decolgem tranquila, o monomotor foi subindo até o ponto em que não me segurei:
- Tá alto pra cacete.
- Ainda tá na metade. Aqui, a gente vai tá abrindo o paraquedas. Falou Primo, o cara que filmou e fotografou meu salto.
Enquanto a gente estava ali, com adrenalina até o talo e sem saber nem o que pensar, vi outros paraquedistas tirando um cochilo... É mole?
Finalmente, chegamos a 3600 metros de altura mais ou menos. A Castelo Branco lá embaixo virou um risco. Na hora do salto, sentei na borda do avião e fiquei com os pés balançando, com aquela vista absurda lá embaixo. Daí percebi o instrutor se arrumando pra saltar. Gelei. Daí, fez silêncio. Os primeiros 3 ou 4 segundos em queda livre fizeram meu estômago bater no meu cérebro. Minha vista escureceu e eu pensei "Se for assim, não gostei". Pareceu uma eternidade. Só fui perceber o quanto foi curto esse período, quando vi a fita do salto. No instante seguinte, a sensação já era fantástica, maravilhosa. Com meu estômago de volta ao lugar, eu pude provar a vontade o que é estar em queda livre. Caralho, é muito massa. O vento absurdo na cara, o barulho e o cara que me filmava flutuando ali na minha frente. Não consegui pensar em nada. Só queria ficar ali.
De repente, o tranco. E quando percebo, a queda acabou e eu estou de pé no meio do nada a mais de um kilómetro do chão. Cinco minutos flutuando no céu e brincando de virar o para-quedas pra lá e pra cá, pra lá e pra cá... Perto do pauso, o instrutor volta a pilotar e eu só assisto. Quando pus o pé no chão, só conseguia dizer "Cara, que massa!".
Agora, sempre que vejo um céu azul, principalmente quanto estou na estrada, como naquele sábado, quero ir de novo.
Caralho! É muito massa! Se puder, vá! Vale cada centavo!
Apesar de ser caro pra cacete.AH, se você estiver a fim mesmo de saltar, fale com o pessoal da
Escola Brasileira de Paraquedismo. Eu recomendo. Apesar de estar esperando umas fotos que chegariam por e-mail até hoje!